Rastreamento do câncer de mama e do colo do útero

De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), teremos cerca de 57.120 casos novos de câncer de mama e 15.590 novos casos de câncer do colo do útero em 2014. O número de mortes por câncer de mama para este ano é estimado em 13.345. O câncer do colo do útero deve matar 5.160 brasileiras. Sua incidência é maior nas regiões norte e nordeste do Brasil. A doença é típica de países pobres ou em desenvolvimento.
 
Fatores de risco do câncer do colo do útero
Início da atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, tabagismo, higiene precária e uso prolongado de contraceptivos orais. Os vírus do tipo HPV (Papilomavirus Humano) desempenham papel importante na transformação das células cervicais em células cancerosas, particularmente o HPV 16 (50%) e o HPV 18 (20%). A transmissão do papilomavirus humano (HPV) está diretamente associada ao sexo desprotegido e a troca frequente de parceiros.
 
Prevenção do papanicolaou
O rastreamento através do exame do papanicolaou continua sendo o melhor método preventivo. A recomendação atual é que ela comece aos 25 anos. A coleta de material para o exame inclui amostras de células da região externa e interna do colo do útero. A eficácia do exame depende da observação de certos cuidados. A mulher deve evitar manter relações sexuais, usar duchas, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame.
 
Freqüência do Exame
Um por ano, nos dois primeiros anos. Se ambos os resultados forem negativos para displasia ou neoplasia, o exame pode ser feito a cada dois anos. Ele deve ser feito por toda mulher sexualmente ativa, ou que já manteve relações sexuais, depois dos 25 anos. A presença de distúrbios como menstruação muito longa, sangramentos vaginais no meio do ciclo ou depois de relações sexuais pode exigir a frequência maior do exame, a critério medico. Dor e sangramento durante a relação sexual são os principais sintomas, quando o tumor já está em estágio invasivo de desenvolvimento.
 
Fatores de risco do Câncer de Mama
Estímulos endócrinos como o excesso de estrogênio em circulação no sangue, de origem orgânica ou provocado por exposição a fatores do meio ambiente – como a exposição a pesticidas, plásticos, poluição – aumentam o risco da doença, bem como a idade e herança genética. História de um parente de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, por exemplo, pode indicar predisposição genética familiar associada à mutações em determinados genes. Mulheres que tiveram a primeira menstruação (menarca) precocemente (antes dos 12 anos) e entraram tardiamente na menopausa (depois dos 50 anos), também correm mais risco, assim como aquelas que engravidaram após os 30 anos, ou não tiveram filhos, e fizeram reposição hormonal na menopausa por mais de cinco anos.
 
Outros fatores de risco importantes são o consumo diário de bebida alcoólica, acima de 30 gramais (o equivalente a dois drinks de bebida destilada); o peso excessivo, especialmente após a menopausa e o sedentarismo. A atividade física e o aleitamento são considerados os principais fatores de proteção contra o câncer de mama.
 
Métodos de rastreamento
A melhor forma de prevenir o câncer de mama é cultivar hábitos saudáveis de vida, que inclua dieta pobre em alimentos gordurosos, atividade física regular, pouca ingestão de bebidas alcoólicas e nenhum cigarro. Outra forma de prevenção é o rastreamento e identificação da doença nas etapas iniciais, quando são seguras as chances de cura.
 
O auto-exame, o exame clínico das mamas, feito por um profissional treinado e a mamografia periódica são os procedimentos recomendados para a detecção precoce da doença.
 
Auto-exame: como fazer
Os médicos recomendam o auto-exame a partir dos 20 anos de idade . A periodicidade deve ser mensal e o ideal é fazer a palpação das mamas entre o quarto e o sexto dias após o fim do fluxo menstrual. Mulheres que não menstruam devem fixar uma data para fazer a avaliação.
 
O auto-exame não substitui o exame clínico de rotina, que deve ser feito a cada dois anos. Mas, a mulher pode descobrindo alterações em sua mama, fazendo o auto-exame, o que contribui para a prevenção. A presença de um nódulo mamário não indica, obrigatoriamente, neoplasia maligna e as mamas nem sempre são iguais, advertem os médicos para evitar confusão na prática preventiva.
 
De acordo com os especialistas, as mulheres devem fazer a apalpação dos seios em frente ao espelho e deitadas ou durante o banho, observando o seguinte:
Em frente ao espelho: deformação ou alteração no formato das mamas, abaulamentos ou retrações e feridas ao redor do mamilo.
No banho ou deitada: presença de caroços nas mamas ou axilas, secreção nos mamilos.
 
Primeira mamografia
É o único exame capaz de detectar uma lesão cerca de cinco anos antes desta tornar-se palpável, ainda na fase de microcalcificação. O aperfeiçoamento das máquinas, obtido nos últimos anos, aumentou muito a confiabilidade das imagens registradas. Os mamógrafos digitais, mais recentes, calculam inclusive a densidade das glândulas mamárias para chegar a melhor imagem possível. O uso da mamografia, associado ao ultrassom, garante 97% de acerto nos diagnósticos de câncer de mama.
 
Os médicos recomendam a primeira mamografia entre 30 e 35 anos. Ela serve como base ou referência para comparações futuras. Por volta dessa idade começam a ocorrer as primeiras transformações hormonais no organismo feminino. A mamografia é importante ainda porque mulheres que trazem algum gene mutante, por herança genética, podem manifestar o câncer justamente nesta época da vida.

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