Pneumonia Infantil: Como diagnosticar e tratar?

Pneumonia é um termo genérico para infecções pulmonares, que podem ser causadas por vários tipos de agentes, como vírus e bactérias. Os principais sintomas são febre e tosse, bem parecidos com os da gripe, por isso o diagnóstico pode ser difícil.
 
Se seu filho estava resfriado ou gripado e piorou depois de alguns dias, ou se parece não melhorar nunca, mesmo depois de duas semanas, procure o médico.
 
Como a pneumonia é diagnosticada?
Existem dois tipos principais de pneumonia, a viral e a bacteriana. A pneumonia viral normalmente começa como um resfriado, e vai piorando aos poucos. A criança pode ter febre acima de 38,5 graus, tosse que não melhora, além de respiração rápida e curta.
 
O início da pneumonia bacteriana tem um começo mais repentino. Os sintomas aparecem de uma hora para outra: febre alta, acima de 39 graus, respiração curta e ofegante e tosse. A perda de apetite e a falta de energia também são marcas registradas da pneumonia, mas é sinal de alerta o fato de a criança continuar prostrada e inerte mesmo depois de controlada a febre.
 
O médico vai auscultar os pulmões da criança com o estetoscópio. Quando há pneumonia, surgem sons anormais na respiração. Caso haja suspeita de pneumonia, seu filho terá de fazer uma radiografia de tórax para obter uma imagem dos pulmões.
 
Talvez o médico peça também outros exames, como um hemograma (exame de sangue) e coletas de amostras do nariz ou da garganta, para tentar identificar se a causa da infecção é viral ou bacteriana. Pode ser que o médico prefira fazer esses exames no hospital, porque os resultados já saem na hora.
 
Às vezes a pneumonia pode ser atípica, ou seja, aparecer sem tosse, por exemplo, ou com uma tosse seca, sem catarro — ou até sem febre. Esse tipo de pneumonia pode causar pequenas epidemias familiares ou na escola, e costuma ser causado por vírus ou bactérias mais incomuns, como a clamídia e o micoplasma. Nesses casos, a melhora demora mais para acontecer que no caso da pneumonia bacteriana mais comum.
Há crianças que reclamam de dor na barriga quando estão com pneumonia, o que pode causar confusão no diagnóstico, e até desconfiança de apendicite. A dor abdominal pode ser causada por infecções nas regiões mais inferiores do pulmão, quando a pleura (camada que cobre o pulmão) é atingida.
 
Sempre que seu filho apresentar febre e mal-estar por mais de dois dias, contate o pediatra para ver se não é o caso de um exame mais detalhado.
 
Qual é o tratamento?
O tratamento vai depender do tipo de pneumonia, do estado geral da criança e da idade dela. A pneumonia viral, assim como todas as outras infecções provocadas por vírus, não responde a antibióticos. O tratamento, nesse caso, pode se limitar a repouso, administração de líquidos, remédios para a febre e eventuais inalações, para facilitar a respiração.
 
Caso a criança esteja muito fraca, os médicos podem preferir que ela fique no hospital, onde receberá líquidos pela veia e poderá respirar com a ajuda de uma máscara com oxigênio. Existem também tratamentos de fisioterapia respiratória que podem ser benéficos.
 
Quando a pneumonia é causada por bactéria, a criança tem de tomar antibióticos. Dependendo da gravidade, os antibióticos podem ser dados em casa, por via oral, ou no hospital, pela veia. Os outros tratamentos (inalação, oxigênio, fisioterapia respiratória e medicamentos para aliviar os sintomas) também são usados de acordo com o estado geral da criança.
 
Há algo que eu possa fazer para evitar que meu filho tenha pneumonia?
Sim, há medidas que você pode tomar para reduzir o risco de seu filho ter pneumonia:
  • Mantenha a vacinação dela em dia. As vacinas contra a bactéria Haemophilus influenzae tipo b (DTP Hib), contra a difteria e a coqueluche são importantes porque previnem doenças que podem levar à pneumonia.
  • Existe também uma imunização específica contra pneumonias provocadas pela bactéria pneumococo, oferecidas gratuitamente nos postos de vacinação.
  • Vale lembrar que nenhuma vacina imuniza contra todos os tipos de pneumonia. Converse com o pediatra e mantenha o calendário de vacinação do seu filho sempre em dia.
  • Lave sempre as mãos. O hábito de lavar as mãos com frequência, tanto as suas quanto as da criança, ajuda a evitar a disseminação dos agentes causadores da doença.
  • Não exponha seu filho à fumaça de cigarro. O ideal é largar o cigarro, se você ou o pai da criança fumarem. Estudos já mostraram que crianças que convivem com fumantes e com a fumaça do cigarro adoecem com mais frequência e são mais suscetíveis a doenças como pneumonia, infecções respiratórias altas, asma e otite.

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